Em 2003, quando a Confitec foi fundada, a primeira pessoa a ser contratada foi uma mulher. Nos primeiros anos, conseguimos manter o equilíbrio entre homens e mulheres na equipe, mas, à medida que crescíamos, ficou cada vez mais difícil manter este equilíbrio. Em 2013, dobramos de tamanho e vimos o percentual de mulheres cair a 17%. De lá para cá, temos nos esforçado em aumentar a participação feminina na empresa, que hoje está em 23%.
Agora, mesmo com todo o nosso empenho, por que não temos conseguido crescer a presença feminina na Confitec na velocidade que gostaríamos?
Tenho feito pesquisas e conversado com vários profissionais de TI e de RH. A procura de mulheres por cursos superiores na área de exatas sempre foi menor. Indo ainda mais longe, na infância, as meninas raramente são (ou eram) estimuladas a desenvolver o interesse por ciências, tecnologia, lógica… Ao invés disso, meninas são (ou eram) normalmente presenteadas com bonecas e panelinhas.
Por falar em bonecas, resgatei uma campanha muito interessante da Mattel (leia-se Barbie) sobre o “Dream Gap”. Adorei! É verdade: por que os sonhos de uma menina precisam (ou precisavam) ser limitados? Chega disso!
The Dream Gap Project – Legendas Português | @Barbie
Vejo todo o debate sobre inclusão de gênero com muita esperança. Por isso, coloquei entre parênteses a minha expectativa de que todo esse preconceito já esteja no passado.
Acredito que será cada vez mais raro ver uma família ou educadores defendendo que existe brincadeira de menino e de menina e, mais tarde, cursos e profissões só para uns ou para umas.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (CAGED), a participação feminina no mercado de TI cresceu 60% nos cinco últimos anos. Isso me dá ainda mais esperança. É fundamental manter este ritmo de crescimento – se possível, até acelerar – e também reduzir ou eliminar totalmente qualquer disparidade salarial entre gêneros.
Ainda somos poucas, mas estou confiante: seremos muitas!