Em campanhas como a do Outubro Rosa, todos ficamos mais abertos a falar sobre prevenção. Mesmo assim, ainda sinto que para muitos (e muitas) o tema parece distante, um cuidado exagerado e, o que é pior, nunca urgente. Até que vem alguém querido, muito próximo, e nos dá um relato vivo, verdadeiro, emocionado (e emocionante).
Pedi a Regina Silva para compartilhar a sua história com a equipe da Confitec. Regina, agradeço muito por você ter dividido conosco a sua história. Você é um exemplo de força, de dedicação, de vida. Combinamos que eu publicaria o seu relato aqui para que mais pessoas pudessem se sensibilizar com a história dela e passassem a levar sua saúde mais a sério.
Com a palavra, Regina Silva:
“Estou na Confitec há seis anos. Em todo esse tempo, sempre tirei férias em janeiro. E sempre, no início do mês de descanso, aproveitava para fazer uma bateria de exames preventivos – nunca gostei de ficar faltando ao trabalho para ir ao médico. Só depois de cuidar da saúde viajava para visitar a minha família no interior de São Paulo com a minha filha caçula. Foi em um desses exames que eu descobri, em fevereiro de 2018, que estava com câncer de mama. O tumor era muito perigoso mas estava bem no início – media aproximadamente um milímetro apenas. Passei por uma cirurgia e tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Foram muitos momentos difíceis, em que cheguei a pensar no pior. Falei sobre isso com minhas colegas na semana passada, quando fui à Confitec. É muito importante acreditar sempre na cura, manter a cabeça erguida. Hoje, graças a Deus, estou bem.
Confesso que quando cheguei no consultório oncológico, depois da cirurgia, entrei chorando. A equipe me abraçou, me acolheu de uma forma tão carinhosa. Isso foi fundamental para o meu tratamento. Os remédios eram muito fortes mas o carinho de todos que estavam à minha volta parecia ainda maior.”
A mensagem que eu passei para a equipe da Confitec e que eu quero estender a todo mundo é:
faça exames preventivos regularmente; insista com todos à sua volta para que façam o mesmo; não deixe de cuidar de você para cuidar do trabalho – por mais importante que ele seja, se você não estiver bem, não vai conseguir trabalhar, de uma forma ou de outra.
Falando especificamente do exame de toque, ele é importante, sem dúvida, mas nem sempre é suficiente. Eu não consegui detectar o meu tumor apalpando; na verdade, nem no ultrassom ele apareceu. O diagnóstico veio só com a mamografia.
Você conhece alguém que tem medo de ir ao médico porque pode descobrir lá o que não quer? Pois é! Lembre a ele (a ela ou a você) que quanto mais cedo uma doença for descoberta, maior será a chance de cura.
Tenho a sensação de que Deus resolveu me dar uma nova chance. É como se ele dissesse: “Vai e aproveita a nova vida que eu estou te dando da melhor maneira possível”. Já estou aproveitando! E quero que todos sigam o meu exemplo – tanto de prevenir quanto de curtir a vida. Obrigada!”