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06
maio

Feliz Dia das Equilibristas!

Feliz Dia das Equilibristas!

Segundo domingo de maio está aí. Vamos comemorar mais um Dia das Mães em isolamento social. Nessa mesma data, no ano passado, eu ainda estava me adaptando à nova realidade e, agora, mesmo depois de tanto tempo, sinto que há ainda ajustes e profundo aprendizado para tirar de tudo isso.

O país mergulhou na chamada segunda onda, que mais parece uma nova pandemia, tão ou mais desafiadora do que a primeira. Continuo ansiosa para que tudo isso termine – e da melhor maneira possível. Eu me sinto privilegiada por poder celebrar com a minha família o fato de estarmos com saúde e juntos, munidos de todos os sonhos e projetos a que temos direito.

Assim como tantas outras mulheres, senti na pele durante a pandemia que não é nada fácil alternar “modo mãe” e “modo trabalhadora”. Virou tudo uma coisa só. A sensação era de que as pessoas dependiam de mim, dos meus cuidados e atenção em tempo integral. Só que não existem dois “tempos integrais”! Aos poucos, consegui colocar as coisas em perfeita ordem… Ou quase.

A verdade é que nós mulheres estamos sempre equilibrando pratos e tentando acomodar mais um, colocar mais um para girar. Tenho dois filhos – um adolescente de 14 anos e uma menina de 11 – que demandam atenção, nem sempre nos momentos mais adequados. Não foi fácil para eles perceberem que estar em casa não significa que eu esteja 100% disponível. Tenho um horário para trabalhar, que precisa ser cumprido.

Em casa, entre uma reunião e outra, estou o tempo todo atenta, radar ligado aos mínimos detalhes. O que meus filhos estão fazendo agora? Já entraram na aula? Estão realmente assistindo a aula e o quanto estão aprendendo?  Corro o risco de parecer invasiva, o convívio em tempo integral confunde os limites. E o que vou fazer mesmo para o almoço?

Percebi, então, rapidamente, que outras mulheres da empresa deveriam enfrentar os mesmos problemas, talvez em escala ainda maior, porque algumas têm filhos pequenos, que demandam ainda mais atenção.

Na Confitec, optamos pelo acolhimento, a flexibilização de jornadas e o diálogo. Não medimos nosso sucesso apenas pelo volume de produtividade, mas pela forma como conseguimos equilibrar tudo: o trabalho, sim, mas também o bem-estar, o apoio e a confiança mútua. Costuramos relações positivas e isso faz toda diferença.

Mais do que nunca, estou segura de que precisamos de empatia que resulte em solidariedade. A velha máxima do “não está fácil para ninguém” nunca fez tanto sentido. Mas vai passar… ainda temos muitos pratos para equilibrar.

Feliz Dia das Mães para todas nós!