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05
julho

🎳 Boliche: lições de autossuperação

🎳  Boliche: lições de autossuperação

Para quem nunca jogou boliche e assiste a uma partida pela primeira vez, a impressão é de que não há mistério ou dificuldade. Basta mirar os pinos e fazer a bola rolar na pista até derrubá-los. Portanto, é só uma questão de força e pontaria.

Eu participo de torneios de boliche há 20 anos e posso garantir que se trata de um jogo que exige, além da concentração, a combinação de elementos da física, da matemática e muita estratégia. É preciso observar a região, a bola e sua superfície , desníveis e a distribuição do óleo na pista, entre outros. Muitos elementos para combinar e tentar alcançar o melhor resultado. 

E é justamente sobre estratégia que quero falar. Recentemente, fiz algumas partidas que não me agradaram. Em parte delas, começava jogando mal e melhorava gradualmente. Já, em outras, começava bem e, depois, perdia o ritmo e tudo desandava. 

Aí, vem a comparação com o desempenho dos adversários, o que até pode ser desafiador, mas não nos traz grandes vantagens. A vitória só depende de nós, individualmente.

Antes dos torneios, ficamos horas elaborando a melhor estratégia e, em frações de segundos, somos obrigados a refazer todo o esquema. Temos que corrigir o rumo de nossas jogadas em tempo real. 

Quantas vezes, assim como no boliche, nos vemos obrigados a fazer o mesmo no trabalho? Estamos com tudo organizado e um imprevisto nos tira do prumo, acaba nos forçando a começar do zero ou reavaliar as “jogadas”. Temos que superar desafios e afiar o raciocínio.

O bom é que, mesmo que tudo pareça perdido, enquanto o jogo não estiver terminado, não precisamos – nem devemos – entregar os pontos. Sempre dá para superar o que fizemos até então. O êxito em um desafio – seja ele qual for – depende da estratégia correta e da capacidade de ajustar o rumo em tempo real. E muito suor, sempre!