A diversidade nas equipes de trabalho é um tema cada vez mais relevante e abrangente. Como líder de equipe, tenho observado de perto como diferentes perfis, idades e conhecimentos técnicos podem coexistir e se complementar no ambiente profissional.
Na Confitec, temos profissionais que estão começando a carreira, aos 20 anos, e outros que esbanjam experiência, com mais de 60. Além da diversidade de idades, também contamos com uma variedade significativa de tecnologias em uso. Temos sistemas legados que utilizam linguagens mais antigas, como Centura, convivendo com tecnologias mais recentes como Java, React e Python. Essa coexistência reflete uma realidade importante do mundo corporativo: a necessidade de manter e evoluir sistemas existentes ao mesmo tempo em que avançamos e inovamos com novas tecnologias.
Durante uma conversa recente com um colega, ele fez uma analogia interessante que me fez refletir. Ele comparou essa diversidade tecnológica com a evolução dos meios de comunicação. Assim como a TV não acabou com o rádio, e a internet não acabou com a TV, diferentes tecnologias e gerações podem e devem coexistir no ambiente de trabalho.
Essa analogia se estende também à discussão atual sobre a transição energética. Como alguém sabiamente disse, “o futuro não é elétrico, o futuro é eclético”. Essa frase captura perfeitamente a ideia de que diferentes fontes de energia, assim como diferentes tecnologias e perfis profissionais, têm seu lugar e importância.
É crucial reconhecer que a diversidade vai além das questões tradicionais de gênero e etnia. A diversidade de conhecimentos e experiências é igualmente valiosa. Na Confitec, vemos profissionais mais experientes com um conhecimento profundo e cada vez mais raro em determinadas tecnologias, e jovens abrindo novos caminhos com as tecnologias do momento.
Na década de 1970, o gênio da publicidade Washington Olivetto criou uma campanha que tinha como objetivo estimular as empresas a contratarem homens com mais de 40 anos. Essa era uma questão muito importante naquele momento! Se fosse hoje, a mensagem seria para que as empresas aproveitassem o potencial e o conhecimento não só dos “quarentões”, mas de pessoas de todos os gêneros, de todas as idades. Felizmente, estamos evoluindo! E, o melhor: atualmente, para muitas empresas como a Confitec, esta mensagem sequer seria necessária. Que bom!
Acredito que o futuro do trabalho é, de fato, eclético. Precisamos valorizar e integrar a diversidade em todas as suas formas – seja de idade, origem, gênero, conhecimento técnico ou experiência de vida. Só assim poderemos criar ambientes de trabalho verdadeiramente inclusivos, inovadores e adaptáveis às constantes mudanças do mundo tecnológico e corporativo.