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Comecei a tocar violão aos 11 anos. Não por desejo ou vocação. Simplesmente, porque minha irmã queria aprender e nossa mãe não achava bom que ela fosse sozinha. Ela parou, eu segui.
Aos 14 anos, eu já tinha uma banda. Tocávamos nossas próprias composições, muito influenciados pelo Rock Brasil. Nos apresentávamos em bares, happy hours, shows… Uma vez, ficamos em terceiro lugar num festival de música em Niterói. Foi o máximo!
Um ponto interessante da música foi a oportunidade que eu tive de, muito cedo, lidar com o que, só muito depois, entendi que era a minha primeira equipe de trabalho.
Aprendi a lidar com pessoas que me ensinaram muito e com outras que ainda não estavam preparadas – nem para lidar com a música, nem para lidar com outras pessoas. Aprendi muito sobre convívio humano e respeito à diversidade e às individualidades.
Se pararmos para pensar, dentro de uma banda, cada um tem que desempenhar o seu papel da maneira correta. E todos os papéis são importantes. Aliás, se um se achar mais importante que o outro, e resolver dar um solo fora de contexto, não vai funcionar.
Um episódio interessante foi quando eu entrei em estúdio para colocar a guitarra numa música. Não tinha me preparado. Na verdade, gostava mesmo era de improvisar. Passei a noite inteira gravando e saí de lá arrasado, com a sensação de uma perda absurda de tempo.
Dois anos mais tarde, voltei ao mesmo estúdio. Só que, dessa vez, já tinha preparado o script, que segui à risca, o resultado foi um dos melhores solos que já fiz gravado em poucos minutos. Foi um grande aprendizado sobre a importância do planejamento, da preparação. Foi algo que me marcou muito, uma lição da qual eu nunca esqueci.
Depois, acabei indo para a igreja, onde toco guitarra até hoje com grandes músicos. Mantive por anos um pequeno estúdio em casa. É impressionante como a tecnologia nos dá a possibilidade de fazer produções muito bem acabadas sem sair de casa! Continuo estudando música e apaixonado por guitarras e equipamentos.
Resolvi resgatar essa história porque hoje é o Dia Mundial do Rock. Dia de celebrar a música e boas canções, lembrar dos aprendizados que a música trouxe para minha vida, e é claro, eu como guitarrista não poderia deixar de lembrar de grandes nomes que me influenciaram, como Mark Knopfler, Faiska, David Gilmour, Ariel Ferreyrola, Cacau Santos, Satriani e muitos outros.
