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29
novembro

Seguir um plano é difícil, mas seguir sem um plano é impossível!

Seguir um plano é difícil, mas seguir sem um plano é impossível!

Temos que admitir que o nosso país não prima pela cultura do planejamento. Tanto na vida pessoal quanto na profissional, o brasileiro é reconhecido – e até mesmo incensado – a acreditar mais na sua capacidade de improvisação do que no planejamento. Somos a terra do jogo de cintura e da criatividade. 

Eu jogo no time daqueles que gostam de se planejar, mas também procuram se adaptar ao contexto e, principalmente, aos  imprevistos. E eles são bem frequentes! Se, por exemplo, eu planejo uma viagem e deixo tudo no esquema dias antes, para evitar correria,  é batata: do nada, na última hora, surge uma situação inesperada, que parece derrubar todo o planejamento.

Aprendi que contratempos fazem parte do plano.  Com o passar do tempo, o estresse dos primeiros revezes deu lugar à experiência e à tal capacidade de inventar soluções e caminhos alternativos. Dizem que é assim que surgem as grandes invenções, inclusive. 

Eu não desisti do planejamento; sigo acreditando na sua importância. Só não tenho mais a ilusão de que vamos conseguir sempre seguir no caminho sem precisar recalcular a rota com uma certa frequência. Na verdade, incerta.  

Não há nada de errado em achar que algo vai dar certo. Mas pensar que isso vai acontecer sempre é pura fantasia. O imponderável costuma ficar à espreita, esperando para entrar em cena, independentemente da nossa vontade e até da qualidade do planejamento que tivermos feito. 

Defendo com a equipe que um bom plano não é aquele em que as premissas e consequências são previstas com exatidão, mas um que tenha flexibilidade e área de manobra para adaptações e ajustes.  

No setor de seguros, com o qual eu lido diariamente há 22 anos, fica bem perceptível o quanto as pessoas relutam em admitir que, mesmo no momento mais bacana, um obstáculo pode aparecer. Como se o simples fato de pensar em um problema seja suficiente para materializá-lo. 

Quanto mais variáveis levarmos em conta, mais opções teremos. Vivemos ciclos de planejamento, ajustes e avanços. Nem sempre em uma linha reta. 

Por fim, uma pergunta: já se planejou para 2024?